sábado, 25 de dezembro de 2010

Atores da vida real

"O que vale é a beleza interior". Eis aqui a frase mais mentirosa do mundo! Prova disso é que quem a utiliza diz o tempo todo que todo mundo é lindo. O que querem dizer com isso? Que todos que conhecem são boas pessoas? Que todas tem paz, amor e harmonia no coração? NÃO! Falam pra agradar e parecer sempre fofas e felizes.
Por essas e outras que não confio em pessoas felizes... Pessoas felizes tem sempre um motivo a mais pra sorrir do que pra chorar (por mais que os motivos do choro sejam maiores que os do riso), por mais que estajam sempre sendo sacaneadas por pessoas que não forçam felicidade.
Na verdade, acho que não existe gente feliz o tempo todo. O que existe são bons atores da vida real!

P.S.: Quero aumento de cachê. Afinal, venho fazendo um trabalho excelente!

Baile de máscaras

Estamos constantemente em um baile de máscaras, e parece que a fantasia favorita da grande maioria é a de Bobo da Corte. Não há um só dia em que você não veja pelo menos um sorriso falso, um humor hiper forçado ou uma invejinha disfarçada.
Talvez sem esses "sentimentos fakes" o mundo fosse pior. A mentira torna o mundo suportável, por mais que se diga o contrário. Infelizmente (ou não) é mais fraco quem não sabe mentir.
O mundo é uma mentira. E essa frase talvez seja a maior delas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Traduzindo...

"Não vou a sua festa porque você é insuportável e só tem amigo mongolóide!"

"Não sumi, não. É que eu via que era você que tava ligando e resolvia não atender."

"Olha, não fico com você porque vc é feio, mas se quiser continuar a amizade, tamo ai!"

No lugar disso...

"Não vai dar pra ir a sua festa! Tenho um jantar de família, e sabe como é, né? hahaha mas te dou o presente depois, hein!"

"Pois é, ando sumido mesmo, não paro em casa... Aliás, to com muita saudade! Só não liguei por falta de tempo!"

"Você deve estar confundindo as coisas... Você é muito legal, mas te vejo como irmão. Aposto que muitas meninas dariam tudo pra ficar contigo."

Afinal, o que seria de nós sem a mentira?

domingo, 19 de dezembro de 2010

O homem que sabia demais

Começou como uma brincadeira. Telefonou para um conhecido e disse:
· Eu sei de tudo.
Depois de um silêncio, o outro disse:
· Como é que você soube?
· Não interessa. Sei de tudo.
· Me faz um favor. Não espalha.
· Vou pensar.
· Por amor de Deus.
· Está bem. Mas olhe lá, hein?
Descobriu que tinha poder sobre as pessoas.
· Sei de tudo.
· Co-como?
· Sei de tudo.
· Tudo o quê?
· Você sabe.
· Mas é impossível. Como é que você descobriu?
A reação das pessoas variava. Algumas perguntavam em seguida:
· Alguém mais sabe?
Outras se tornavam agressivas:
· Está bem, você sabe. E daí?
· Daí, nada. Só queria que você soubesse que eu sei.
· Se você contar pra alguém, eu...
· Depende de você.
· De mim, como?
· Se você andar na linha eu não conto.
· Certo.
Uma vez, parecia ter encontrado um inocente.
· Eu sei de tudo.
· -Tudo o quê? Você sabe.
· Não sei. O que é que você sabe?
· Não se faça de inocente.
· Mas eu realmente não sei.
· Vem com essa.
· Você não sabe de nada.
· Ah, quer dizer que existe alguma coisa para saber, mas eu é que não sei o que é?
· Não existe nada.
· Olha que eu vou espalhar...
· Pode espalhar que é mentira.
· Como é que você sabe o que eu vou espalhar?
· Qualquer coisa que você espalhar será mentira.
· Está bem. Vou espalhar.
Mas dali a pouco veio um telefonema.
· Escute, estive pensando melhor. Não espalha nada sobre aquilo.
· Aquilo o quê?
· -Você sabe.
Passou a ser temido e respeitado. Volta e meia alguém se aproximava dele e sussurava:
· Você contou para alguém?
· Ainda não.
· Puxa. Obrigado.
Com o tempo, ganhou uma reputação. Era de confiança. Um dia foi procurado por um amigo com uma oferta de emprego. O salário era enorme.
· Porque eu? - quis saber.
· A posição é de muita responsabilidade - disse o amigo. - Recomendei você.
· Porquê?
· Pela sua discrição.
Subiu na vida. Dele se dizia que sabia tudo sobre todos mas nunca abria a boca pra falar de ninguém. Além de bem-informado, um gentleman. Até que recebeu um telefonema. Uma voz misteriosa que disse:
· Sei de tudo.
· Co-como?
· Sei de tudo.
· Tudo o quê?
· Você sabe.
Resolveu desaparecer. Mudou-se de cidade. Os amigos estranharam o seu desaparecimento repentino. Investigaram. O que ele estaria tramando? Finalmente foi descoberto numa praia remota. Os vizinhos contam que numa noite vieram muitos carros e cercaram a casa. Várias pessoas entraram na casa. Ouviram-se gritos. Os vizinhos contam que a voz que mais se ouvia era a dele, gritando:
-Era brincadeira!Era brincadeira!
Foi descoberto de manhã, assassinado. O crime nunca foi desvendado. Mas as pessoas que o conheciam não têm dúvidas sobre o motivo.
SABIA DEMAIS.

Texto de Luiz Fernando Veríssimo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Interpretando.

O Cravo brigou com a Rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo saiu ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
E a Rosa pos-se a chorar.

Essa é a cantiga que todos conhecem. Aliás, um pouco trágica para crianças, não?
Pois bem, vou contar a verdadeira história por trás desta famosa cantiga:
O senhor Cravo e a senhora Rosa tinham um relacionamento de muito tempo. Não tinham nada em comum, mas, ainda assim, achavam que isso um dia ainda iria dar certo. O tempo passou e o relacionamento ia de mal a pior. A Rosa não aguentava mais o Cravo, e começou a ter um caso com o Lírio que encontrara no jardim vizinho. Certo dia o Cravo se revoltou com sua vida monótona e resolveu por um ponto final no relacionamento com a senhora Rosa, mesmo sem saber da traição.
Chamou a Rosa para um conversa e anunciou o término do namoro. A Rosa ficou um pouco chateada, mas aceitou bem pois tinha Lírio para a consolar. Mas sabendo que tudo estava acabado, ela resolveu contar ao Cravo sobre seu caso com o vizinho. O Cravo enlouqueceu, começou a aumentar o tom de voz com Rosa que ficou nervosa e agrediu Cravo, deixando-o ferido. A única coisa que ele podia fazer era se defender, e o fez, deixando a Rosa apenas despedaçada.
O Cravo adoeceu não só por conta das feridas que Rosa havia feito, mas também por tristeza. Encontrou abrigo somente em Maragarida, que era uma ex namorada do tempo de escola. Os dias se passaram e Rosa sentiu-se culpada pelo que fez com o Cravo e resolveu visita-lo para se desculpar. Chegando ao quarto no qual ele estava, deparou-se com Margarida e cravo se beijando. Aquela cena enlouqueceu Rosa, o ciúme tomou conta daquela pequena criatura. Saiu de lá sem que eles vissem. Ao anoitecer, quando Margarida saiu do quarto, Rosa retornou e dopou o Cravo, para que sua morte fosse indolor. Enfiou uma faca no peito dele e fugiu da cidade aos prantos. Só então chegou a conclusão que só fez isso pq o amava.

Típica loucura de mulher.